terça-feira, 22 de maio de 2018

MONACO




1985 - Mônaco tem a tradição de raramente premiar o piloto mais arrojado e combativo. Foi assim em 1982: Rene Arnoux liderava e bateu; Alain Prost, que passou à liderança, também bateu e o novo e terceiro líder, Didier Pironi, ficou sem gasolina. Riccardo Patrese, que vinha calmamente atrás, ganhou a prova.

No ano passado, Ayrton Senna ia ultrapassar Alain Prost quando Jacky Ickx encerrou o Grande Prêmio. Agora em 85, Alain Prost teve a sorte que lhe faltou em 82: foi o vencedor, com apenas uma única ultrapassagem, sobre Nigel Mansell, quando disputava o terceiro lugar.

A grande vedete deste ano, e que deu um show de pilotagem, baixando sucessivamente o recorde da pista, foi Michele Alboreto com sua fantástica Ferrari.

Por falta de sorte amargou o segundo lugar e assim perdia mais uma chance de obter sua primeira e já merecida vitória nesta temporada.

Seu grande adversário, desde os treinos  de classificação, foi Ayrton Senna, que apesar de usar o novo motor Renault EF-15, mais potente, teve o mesmo problema surgido no warm up do Grande Prêmio do Brasil: vapor de água nos cilindros.

Sem Senna pela frente (parou na 13ª volta), Michele Alboreto esteve na liderança duas vezes, posição que perdia para Prost.

Na primeira vez, escorregou no óleo deixado pela impressionante colisão entre Patrese e Piquet. Na segunda, ainda consequência do acidente, parou nos boxes com o pneu traseiro esquerdo furado.

De pneus trocados, e mostrando que a Ferrari é hoje o carro mais equilibrado e competitivo da Fórmula 1, Alboreto pulverizou os tempos do Circuito do Principado e só descansou quando assumiu a segunda colocação, sua terceira na temporada.

Dessa forma, tanto ele quanto Alain Prost vão deixando cada vez mais claro que os tabus que perseguem seus países na Fórmula 1 desde 53, com Ascari, a Itália não levanta um título, e a França nunca teve esse gosto, poderão cair este ano.

Qual deles será?